Bolsonaro diz que fará “semelhante a El Salvador” se voltar ao Planalto



Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) projeta mudanças para o Brasil em 2026 e convoca ato em Copacabana


Neste sábado (15), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível, declarou que, caso vença as eleições presidenciais de 2026 e conte com o apoio de 50% do Congresso, promoverá uma transformação no Brasil. Ele citou como inspiração o modelo adotado por Nayib Bukele, presidente de El Salvador, país que se tornou o terceiro mais seguro do mundo sob sua gestão.


"El Salvador é o terceiro país mais seguro do mundo. Você vê os presídios, e são todos jovens presos, mas todos tatuados, por incrível que pareça. Ele [Bukele] botou ordem na casa", afirmou Bolsonaro em entrevista à Rádio 93, FM Gospel. Desde sua eleição em 2019, Bukele tem combatido o crime organizado, especialmente as gangues, por meio de medidas como o estado de emergência e operações de encarceramento em massa. No entanto, organizações internacionais, como a Anistia Internacional, criticam as práticas do governo salvadorenho por violações aos direitos humanos.


Convite para ato em Copacabana


Bolsonaro também convocou os brasileiros a participarem de um ato no domingo (16), em Copacabana, no Rio de Janeiro, para pedir anistia dos envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro. "Convidamos mais uma vez todos que puderem comparecer, porque é pela nossa democracia, o que sobra dela ainda, pela nossa liberdade de expressão, que é o mais importante, e pela anistia dos reféns de 8 de Janeiro", declarou.


O ex-presidente criticou o que chamou de "censura crescente" no país e reiterou suas críticas ao andamento da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra ele por tentativa de golpe de Estado. O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou o início do julgamento para 25 de março. Bolsonaro rebateu as acusações, afirmando que a narrativa da Polícia Federal (PF) e do procurador-geral Paulo Gonet é uma "peça de ficção". Ele mencionou que, no dia 8 de Janeiro, estava nos Estados Unidos e que um integrante do STF comemorou sua derrota eleitoral.


Economia e críticas ao governo Lula


Bolsonaro também criticou a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que o país está indo "ladeira abaixo". "Não é só a picanha, mas o ovo está caro também. O governo Lula está fundando o país", disse. Ele ainda destacou que a economia só não está em situação pior devido a uma "gordura" deixada por sua gestão em 2022.


Caso das joias e visão sobre o Congresso


Sobre o caso das joias, Bolsonaro citou uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que determinou que presentes recebidos por chefes do Executivo, como joias, pertencem aos ex-presidentes, independentemente de seu valor. Ele afirmou que houve uma tentativa de incriminá-lo "de toda maneira".


Em relação ao Congresso, o ex-presidente afirmou que não pretende perseguir ninguém, mas que adotará uma postura firme contra abusos de autoridade. "Dá para mudar o Brasil, temos esperança, pode acontecer. Não existe, no meu entender, outro caminho agora. Não existe salvador da pátria", concluiu.


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