RN desce três degraus e passa a ocupar a 23ª colocação entre os estados brasileiros no índice de competitividade


O Estado do Rio Grande do Norte registrou uma queda de três posições no ranking de competitividade produzido anualmente pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em colaboração com a Tendências Consultoria e a startup Seall.

De acordo com os resultados revelados na última quarta-feira (23), comparando o ano passado com o presente, o RN passou da 20ª para a 23ª posição entre os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Dentro do cenário nordestino, o RN caiu para a penúltima colocação, superando apenas a Bahia.

O posicionamento no ranking é determinado a partir da análise de 99 indicadores relacionados à infraestrutura, sustentabilidade social e ambiental, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência administrativa, capital humano, potencial de mercado e inovação.

Os principais setores nos quais o RN experimentou declínio nos indicadores, de 2022 para 2023, foram capital humano (notadamente na integração econômica dos jovens) e eficiência administrativa (com foco na produtividade reduzida dos magistrados e servidores do Poder Judiciário).

A avaliação mais baixa do RN está na categoria de solidez fiscal, onde ocupa a 26ª posição, com uma pontuação de 1,2. Neste aspecto, fica à frente apenas do Rio Grande do Sul, que ocupa a última colocação, com pontuação zero.

O RN atingiu sua pontuação mais alta no quesito inovação, alcançando o 10º lugar entre os estados brasileiros. Nesse quesito, os estados do Sul e Sudeste do país estão na liderança, incluindo São Paulo e Santa Catarina.

Em âmbito nacional, os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste mantêm-se nas primeiras posições, enquanto os estados do Norte e Nordeste permanecem mais abaixo na lista.

Além de enfrentarem atrasos, essas duas regiões também são as mais afetadas pelo aumento significativo da pobreza causado pela pandemia. Em cinco de suas unidades federativas, 10% das famílias estão abaixo da linha de pobreza. Em 2016, essa situação não era registrada. No lado positivo, os estados melhoraram em termos de responsabilidade fiscal.

São Paulo mantém sua posição no topo desde o primeiro estudo e, neste ano, aumentou sua pontuação, ampliando a diferença em relação ao segundo colocado, Santa Catarina, em 5,55 pontos. Em 2022, a diferença era de 3,95 pontos.

O Centro de Liderança Pública já possui um acervo de 600 casos de políticas públicas implementadas por líderes governamentais que se basearam nos dados do ranking para efetuar intervenções que impactaram o desempenho de seus estados.

Um exemplo é o caso de Alagoas, que historicamente enfrentou desafios relacionados a indicadores de mortalidade infantil e materna. Em 2018, lançou o projeto CRIA, que tem obtido bons resultados. Ele engloba políticas públicas nas áreas de saúde, educação, assistência e desenvolvimento social. O foco é direcionado a famílias com gestantes e crianças de 0 a 6 anos, em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social.

Aqui está a situação do RN em diferentes categorias:

Infraestrutura: 44,9 – 11ª posição

Sustentabilidade Social: 46,2 – 13ª posição

Segurança Pública: 43,8 – 17ª posição

Educação: 37,1 – 19ª posição

Solidez Fiscal: 1,2 – 26ª posição

Eficiência Administrativa: 36,6 – 21ª posição

Capital Humano: 33,3 – 16ª posição

Sustentabilidade Ambiental: 19,4 – 23ª posição

Potencial de Mercado: 30,8 – 21ª posição

Inovação: 48,1 – 10ª posição

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